Meine Mutter & ich… Minha mãe e eu… Ma & me…

Geboren sind wir am gleichen Tag [heißt es], im Dezember. Demnächst werde ich siebzig, sie gerade zwölf – und weiß nicht mehr, wer sie ist noch wer sie befragt und zum Lachen bringt, blickt auf mich, als wäre ich der Engel von Boticelli.

Diz-que nascemos num mesmo dia de dezembro, e que logo mais entro nos setenta, ela parece ter doze, já nem sabe quem é nem quem a seu lado lhe faz perguntas e lhe conta casos do tempo da zagaia, me olha nos olhos como se eu fosse o Arcanjo de Boticelli… ela que não é Maria e sim Alzira, voz de mel e pitanga, cabelos de azeviche, agora cobertos de prata, sorriso de papoulas se abrindo num campo de primavera, quando ela entoava as Saudades do Matão e outras cantigas daquele tempo, mãe era uma sereia encantada, Orfeu, se aparecesse por ali, ia ter muito que aprender…

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Kindheit … es war einmal!

Bis 10 war ich Kind, dann hörte es schlagartig auf,
und es war alles vorbei.
Youth, a bird of passage that never finds
the way back home. Maybe shot in mid flight.
Ahí empezaba el destierro.
Mes années de pèlerinage…
andarilhos que somos num beco sem saída.

Der Minotauros lässt grüßen! Hélas!

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