Silencio

Un vent bouge sans bruit dans les bruits du monde

(Yves Bonnefoy, “Le livre, pour vieillir”)

como el viento que sin ruido
{como o vento que sem ruído}
se mueve entre los ruidos del mundo
{perpassa entre os ruídos do mundo}
quisiera el eco de mis pasos : ligero
{quisera o eco dos meus passos : leve}
y silencioso : pasajero furtivo y calmo
{e silencioso : passageiro furtivo e calmo}
de imperceptible diáfana presencia
{de imperceptível diáfana presença}
que no deje en la fina piel del tiempo
{que não deixe na fina pele do tempo}
huella alguna o no más que una arruga
{vestígio algum ou não mais que uma ruga}
invisible en la faz de la tierra esa cara
{invisível na face da terra essa cara}
áspera y fría tortuosa indiferente
{áspera e fria tortuosa indiferente}
al tímido eco de mis pasos, tierra
{ao tímido eco dos meus passos, terra}
extraña que me toca recorrer
{estranha que me toca percorrer}
por extraños indiferentes caminos
{por estranhos indiferentes caminhos}
hasta el fin de la ruta de luz y sombras
{até o fim da rota de luz e sombras}
que va a dar en nada, espiral
{que vai dar em nada, espiral}
de un agujero negro en el abismo
{de um buraco negro no abismo}
sin fondo del universo donde se cierran
{sem fundo do universo onde se fecham}
todos los libros y se borran
{todos os livros e se apagam}
todas las palabras
{todas as palavras}

Para homenagear o LIVRO em seu dia * * *
{Para homenajear el LIBRO en su día} * * *

(de “Versos dispersos”, © jrBustamante, 2014)

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Posted April 23, 2014 by jotinha4rb in category "Poesia", "Versos dispersos