Sétimas… não dominantes!
Minha vida foi assim:
No princípio a natureza
seus mistérios seus milagres
nos altos da Mantiqueira
verde vale campos verdes
bambuzais e verdes matas
galinhas vacas cavalos
meu Rucinho em disparada
pai e mãe irmãos avós
vovô Derfo vovô Chico
a passarada dos campos
ricas frutas tropicais
infância de alumbramentos
lembranças vivas de um tempo
do tempo antigo passado
há tanto tempo já morto
do queijo fresco de Minas
que elaborava meu pai
de mui saudosa memória
Para contar nossa história
vou ter de escrever um livro
com base em fatos reais
Pai e mãe onde é que estais
como dói esta saudade
essa saudade de todos
que já se foram de casa
para nunca mais voltar
Do meu coração não sai
a vontade de rever-lhes
os olhos acostumados
que tanta falta me fazem
Vou parando por aquí
só de lembrar-me de vós
me dá um nó na garganta
não posso mais, digo adeus
até poder ver de novo
seus semblantes mais que vivos
ocultos naquela nuvem
ali detrás do horizonte
que vai dar no infinito
Ando aqui meio perdido
num mundo que não é meu
já nem sei qual a razão
que me trouxe a estas praias
viver desse jeito ao léu
deve ser destinação
Gracias, Poeta, por ese lamento desgarrador. Entiendo esa saudade larga y desesperada por la infancia perdida, por la familia que un día, muy lejano, te envolvió con su cariño. Ahora tienes otra, que te quiere de otra manera, sí, y te necesita aquí, siempre. Quédate con nosotros…
Muchísimas gracias por tus cariñosas palabras. Como bien dices en esos casos, ‘se me cae el alma a los pies’ al leer tu último mensaje.