NOVOS LIVROS PUBLICADOS, JÁ DISPONÍVEIS!

Ederá, jovem de beleza deslumbrante e encanto irresis-
tível, sempre soube que o amor poderia ser uma escada para uma vida de luxo e prestígio. Assim, ao escolher marido, ignora os sussurros do coração e se entrega ao brilho sedutor do status social. Seu noivo, porém, oculta sob o verniz da elegância uma alma cruel e sem escrú-
pulos, revelando-se, com o tempo, ser um pesadelo do qual ela, à primeira vista, não sabe como escapar.

Isaías, um intelectual talentoso — músico e escritor de alma sensível — vive à margem do mundo artístico por sua natureza de lobo solitário. Ao ver Ederá por primeira vez, apaixona-se de forma obsessiva. Ao perceber que vai perder a mulher de sua vida por um homem indigno e perigoso, e sem forças nem meios para impedir o casa-
mento, parte pra Europa, onde em vão tenta reconstruir a própria identidade e reencetar uma carreira entre sombras e solidão.

O que Isaías não imagina é que o destino, tão cruel com ambos, ainda preserva reviravoltas capazes de reacender velhas chamas de esperança — ou de condená-los definitivamente a viverem separados.

Ederá é uma história de amor e desilusão, ambição e redenção, onde as escolhas feitas sob o véu da ingenuidade podem custar mais do que a felicidade: podem custar a própria alma.

Após um tumultuoso reencontro em Frankfurt, onde vive Isaías, convalescente de um câncer, Ederá insiste com ele para voltar com ela ao Brasil, a perseguir seus sonhos de escritor e de uma vida juntos.

Chegará ele a tempo de pegar o avião que a leva de volta à casa e unir assim dois destinos que nunca deviam ter se separado?

https://www.amazon.com/dp/B0FLW8VYPX


essas poucas ou muitas palavras
deixadas aí neste pseudopoema
de memórias da minha infância
nas terras altas da Mantiqueira

essas poucas ou muitas imagens
aí postas em forma de pseudoversos
de um suposto poema dos tempos
aqueles de um menino antigo feliz

querem transmitir talvez a quem possa
interessar minudências de um tempo
passado mais ou menos autêntico real
mais ou menos mítico ou inventado

porém antes de tudo querem revelar
algo que só uma criança como a que
habita a alma desse menino antigo
pode sentir ao recordar os dias passados

de sua própria infância acaso perdida
nos desvãos de uma memória dormida
que esses versos e essas imagens talvez
possam despertar, com isso vejo cumprida

minha despretensiosa missão de poeta
versejador de infâncias desaparecidas
tragadas pelas velhas fauces do tempo
(esse bicho voraz cruel e talvez real)

https://www.amazon.com/dp/B0FMFV6RKH

BREVE NOTA: Por quê dois livros tão diferentes lançados quase na mesma data?

Primeiro: EDERÁ surgiu de um conto engavetado há tempos em que ela não aparecia.
Isaías, o protagonista masculino.
Tentando desenvolver com maior amplitude a estrutura do conto, me dei conta de que a história dava para um romance com dois personagens contrapostos: Ederá e Isaías.
E assim nasceu este romance agora publicado após uns meses de trabalho.

Segundo: o livro de “poemas” — fragmentos do horizonte — vem sendo trabalhado desde mais ou menos 2011. Não tem nada a ver com o livro anterior, obviamente.

Trata-se de uma espécie de memorial poético da infância, a minha infância nas terras altas da Mantiqueira, com reminiscências mais ou menos borrosas, mais ou menos claras, dos primeiros anos daquele menino antigo que hoje já não é mais tão menino como nos velhos dias a que se refere o presente texto…

Conservo lembranças muito claras dos meus primeiros passos nesse mundo do verde vale aos pés desse horizonte encaixado nos altos cumes da Serra da Mantiqueira, no Bairro do Caxambu de Baixo, Passa Quatro (Minas Gerais), terra histórica de muitas bandeiras, muitas lutas, entre outras as que tiveram influência até na história nacional dos anos 30, pra não falar nos primór-
dios da Independência, quando a nossa cidade nem era município.

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Maremoto

Maremoto

Eis uma deusa, pelos gestos,
por sua dança, sua órbita.
Jorge de Lima, «Invenção de Orfeu»

la mar la mar la marejada
mareas muertas mareas vivas
allí estabas tú casi desnuda
{casi} vino bailando la ola
y sin más cuidados se tragó
tus ojos cubrió de espuma y sal
tu piel de musgo y algas y deseo
el esplendor violento de tus ojos

{no me lo podía creer}

bicho voraz sinvergüenza
y muy cachondo, también yo
quisiera quiero yo también
yo yo en tu piel de sal y deseo

otro día fui a ver a rever el eterno
vaivén de las ondas do mar de Vigo
la mar brincando verde viva sol sal
y arena, vi que me engañaba, allí
desnuda {riendo tus ojos} vestida
de sal y espuma tu piel— y dentro
plenamente el implacable resplandor
adivinado flor lejana prohibida
y por si turmalina o esmeralda
la mar la mar ay y el sol
de mil rayos bañándose fogoso
en las aguas verdemar musgo
y algas en las nalgas del deseo
{compadre Odorico diría
ojicerulea un verdiazul de muerte}
en llamas y cristales bañándose
como estrellas voraces, igual

{tu piel de sol y arena}
a la diosa desnuda

me descompone
el maremoto interno
el vaivén de una presencia
que no es la diosa

{si bien desnuda}

© text & music, jrBustamante, 2019 (del libro “La cadencia de tu vuelo”)

Ilustración: MINI DE LA FUENTE

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Peripécias – entre folha e andorinha

Peripécias

Nasci em Minas e a vida é longe,
muito mais do que sonhei.
Pra lá do arco-íris e de ilusões
mirabolantes de um menino que…

Fui aprender regras e doutrinas
dogmas virginais e outros contos,
na volta só faltou fazer um pacto.

Grego antigo e latim clássico, filosofia,
teodiceia e canto gregoriano, noções
de álgebra e cálculo infinitesimal,
noves fora zero. Saber não ocupa lugar
pese à sua possível inutilidade.

Presente em múltiplas transformações
da realidade beijei num arvoredo cúmplice
os peitos virgens de Orídis, causa inocente
de um primeiro delírio de amor, durou
o que dura um fogo de palha, outra tarde
à beira de um rio caudaloso ruidoso e abundante
em ferrosas rochas grises, além de outros
perigos da topografia, mordi com inusitada
gula os lábios de goiaba madura de uma
menina Iara mestiça de índia e sangue
francês, creio. E daí não passou.

Mas o tempo foi passando e na sombra
de um parque da grande metrópole
remexi como em pétalas de papoula
na bunda roliça morena virgem nua
da moça aliás muito sapeca Angélica
de Jesus Moreira e outro sobrenome
que não vem ao caso, logo depois entrei
com mais que veemente tesão no lindo
corpo adolescente de uma tal Florência
das Neves que perdeu a inocência,
não comigo, que já havia perdido
há tempos sendo noiva de um amigo
ensimesmado taciturno e quedo
que ato seguido se atirou de um décimo
terceiro andar em plena sexta feira treze
de agosto de mil novecentos e
mais não lembro.

Conclusão: estudar filosofia, latim
e teologia, algo de química orgânica
e cálculo infinitesimal, dá nisso.
Por não falar do romantismo alemão.

Mas aí já seria outro caso e esta crônica
em tom menor não tem jeito de seguir
modulando por falta de instrumento

meu piano de estimação, triste vítima
de um incêndio diz que provocado
por mor duma traição, hoje não é mais
que cinza e pó que aliás é o que seremos
tu e eu como todo mundo que leia
estas palavras… ou não.

© do livro “entre folha e andorinha“, 2020, by J. R. Bustamante

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